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"Apê" econômico lidera setor de lançamentos


Dos 1.586 novos imóveis lançados no último ano, 58%, ou seja, 925 unidades, são apartamentos de 2 quartos com valor até R$ 145.000,00

Um estudo realizado pela regional do Sindicato da Habitação (Secovi) mostra que o mercado imobiliário vertical de Bauru tem sido liderado por apartamentos de até R$ 145.000,00.

Só nos últimos 12 meses, foram lançados 1.586 novos imóveis, dos quais 58%, ou seja, 925 unidades, representam moradias de dois quartos do tipo econômicas, lançadas com apoio de programas sociais como o Minha Casa Minha Vida (MCMV).

O estudo foi elaborado pelo departamento de economia e estatística do Secovi, em parceria com a empresa de assessoria econômica Robert Michel Zarif, com o objetivo de quantificar e medir o desempenho do mercado.

A pesquisa foi feita com base em dados de vendas das construtoras da cidade e considera apenas novos empreendimentos, não abarcando, por exemplo, imóveis reformados e revendidos e as moradias que entrariam como faixa 1 do MCMV – imóveis voltados para famílias com renda menor que três salários mínimos.

Estabilidade

O mercado imobiliário de Bauru apresentou uma ligeira queda de lançamentos de novos imóveis verticais, segundo o Secovi.

Entre janeiro de 2012 e janeiro de 2013, foram lançadas 1.915 unidades – 17,2% mais unidades que no período posterior (nos últimos 12 meses).

“Em 2011 vivemos o auge do mercado, incentivado pelo crédito facilitado. A carência pelo imóvel era muito grande e os residenciais ocuparam os grandes vazios urbanos. A redução de lançamentos aconteceu porque ficou mais difícil e oneroso conseguir terreno”, explica o diretor da área de imobiliárias do Secovi, Fernando Cesar Pegorin.

 

DEMANDA

Diretor do departamento de economia e estatísticas do sindicato, Roberto Azakawa aponta que Bauru possui demanda atual de aproximadamente 3.100 novos domicílios por ano.

Questionado sobre a estabilidade do mercado, Pegorin fecha questão.

“Estou há quase 30 anos no ramo e nunca vi um imóvel cair de preço. O que temos certeza é que haverá uma acomodação e a velocidade de valorização deve ser menor do que a observada nos últimos anos”, pontua Azakawa.

 

Mercado vive ‘espraiamento’

A dificuldade em conseguir terrenos na região central e na zona sul de Bauru nos últimos dois anos fez surgir um fenômeno chamado de “espraiamento” pelo mercado imobiliário.

Na prática, as construtoras adquirem imóveis, mas gastam com a demolição para o uso do terreno, o que onera ainda mais o valor, não só dos imóveis da categoria econômica, mas também dos apartamentos de dois dormitórios tradicionais, que acabam, inclusive, sobrando no mercado.

“Até 2010 os lançamentos eram concentrados na região centro-sul, mas hoje estão ocupando os vazios nos bairros e ocasionando o que chamamos de espraiamento, por falta de áreas”, completa Pegorin.

Diante do cenário, o diretor regional do Secovi-SP, Riad Elia Said, aponta que a situação mostra que há necessidade de ajuste no programa oferecido pelo governo federal no que tange a faixa de renda, subsídios e taxa de juros.

“A cidade continua atravessando uma boa fase, com obras em muitos lugares. Estamos otimistas, o que percebemos é o que setor continua a apostar em Bauru, mas a cidade poderia crescer mais se houvesse melhores condições no programa”, considera.

“O limite para financiamento do MCMV para Bauru é de R$ 145 mil. Se o imóvel superar, não pode ser enquadrado nesse valor. Estamos trabalhando para que governo aumente esse limite para R$ 170 ou 180 mil. Afinal, o alto custo das áreas não está possibilitando o enquadramento de novos produtos, apesar da demanda ser crescente”, reforça Fernando Pegorin.

 

Dados começam desde 2011

A pesquisa ainda levanta informações no período que vai de janeiro de 2011 a janeiro de 2014. Os números obtidos indicam que os lançamentos de imóveis acrescidos dos empreendimentos remanescentes totalizaram 5.347 unidades residenciais verticais.

O segmento de dois dormitórios econômico nesse período também foi o que obteve a maior participação na oferta (37,9% - 2.027 unidades), seguido por: dois dormitórios tradicionais (21,5% - 1.152 unidades); três dormitórios (21,4% - 1.146 unidades); um dormitório (14,7% - 788 unidades); quatro dormitórios (2,7% - 145 unidades) e um dormitório econômico (1,7% – 89 unidades).

Nesse mesmo período, foram constatadas 3.899 unidades residenciais comercializadas, com destaque para o segmento de um dormitório, que obteve a melhor performance relativa de venda, com 88% das unidades comercializadas.

Por outro lado, o segmento de dois dormitórios econômico também já se destacava, com um total de 1.215 unidades comercializadas.

Já na análise por tamanho do imóvel, observou-se no levantamento que os apartamentos de 46 m² a 65 m² representam 46% dos lançamentos e 1.673 unidades comercializadas no período.

 

40,42%

Conforme o JC divulgou, o mesmo estudo que avaliou o período entre janeiro de 2012 e janeiro de 2013 revelou o lançamento de 1.915 imóveis residenciais em empreendimentos verticais. O segmento econômico, na época, respondeu por 40,42% do total.

Esse percentual representou 774 unidades lançadas. O número de apartamentos de dois dormitórios econômico respondeu por 36%, ou seja, 702 unidades. Apês de um quarto completam o percentual, com 72 unidades lançadas.

 

 

 

fonte: http://www.jcnet.com.br/Geral/2014/02/ape-economico-lidera-lancamentos.html

 

 
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